O Dr. Jean-Pierre Routy começou por agradecer pela energia e entusiasmo de todos os participantes e colegas durante todo o evento e destacou o mote da AIDS 2022, “re-engage and follow the science”, para lembrar que estamos “numa era muito polarizada e politizada” e que, por isso, o objetivo principal dos cinco dias de Conferência foi “focar as mentes nas necessidades das pessoas, tendo em conta a nova evidência científica”.
Depois de destacar algumas novidades nesta área que aconteceram no Canadá, um grupo de ativistas manifestou-se contra o governo canadense por falharem na entrega de financiamento prometido para testes e tratamentos para o VIH. Por sua vez, o Ministro da Saúde do Canadá, Dr. Jean-Yves Duclos, saudou todos ativistas e a mensagem partilhada pelos mesmos, enfatizando, no entanto, que o Governo do Canadá está cada vez mais comprometido em “mobilizar esforços”, indo ao encontro das necessidades da comunidade, e não irá “permitir que uma pandemia [COVID-19] ofusque outra” [VIH].
De seguida, Mercy Shibemba deu início à sua intervenção, salientando que o seu “passaporte britânico facilitou e permitiu” a sua presença em pessoa, ao contrário de muitas outras pessoas e participantes que, apesar de inscritos, viram os seus vistos negados. A ativista reforçou ainda o “impacto contínuo do colonialismo que é tão evidente em muitos sistemas, estruturas e instituições”, pedindo à assistência para fazer “um minuto de silêncio para pensarem em conjunto de que forma é que se pode colocar um travão neste problema, individual e coletivamente”. Após esta intervenção, houve mais um momento de protesto, desta feita em relação à descriminalização do trabalho sexual e para exigir direitos humanos básicos.
A atual presidente da IAS e co-presidente da AIDS 2022, Dr.ª Adeeba Kamarulzaman, começou desde logo por agradecer “aos cientistas, profissionais de saúde e líderes comunitários que participaram presencialmente ou em formato virtual, por manterem a investigação científica e os programas de tratamento e prevenção do VIH, apesar dos desafios inerentes à pandemia COVID-19”. “Obrigada a todos os defensores e ativistas por manterem a chama acesa”, afirmou, continuando: “Estes cinco dias mostraram-nos que temos de colocar as necessidades das pessoas no centro dos nossos esforços, bem como basear as nossas ações nas evidências científicas e nos direitos humanos”.
A Dr.ª Birgit Poniatowski, diretora executiva da IAS, subiu ao palco para uma breve homenagem e mensagem de agradecimento à Dr.ª Adeeba Kamarulzaman que, de uma forma emocionada, apresentou a sua sucessora ao cargo, Dr.ª Sharon Lewin. A presidente-eleita teceu igualmente um breve comentário sobre Dr.ª Adeeba Kamarulzaman e deixou uma mensagem de esperança para o futuro da prevenção e tratamento do VIH para acabar com a epidemia.
A sessão de encerramento terminou com um pedido de respeito mútuo dos anciões Mohawk, Sedalia Fazio e Mike Standup, e um momento musical.